segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje!



3.4  Dá-nos o alimento necessários para manutenção das forças do corpo, e dá-nos, também, o alimento espiritual para o desenvolvimento de nosso espírito.

O animal encontra o seu alimento, mas o homem só encontra o seu alimento pelo trabalho e pelo uso dos recursos de sua inteligência, porque Deus o criou livre.

Deus lhe disse: "Você tirará o alimento da Terra com suor do seu rosto". Com isso, Ele fez do trabalho uma obrigação para o homem, a fim de que ele exercite sua inteligência na procura dos meios de prover suas necessidades e seu bem-estar: uns pelo trabalho manual e outros pelo trabalho intelectual. Sem o trabalho, o homem não poderia evoluir e nem aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.

Auxilia, Senhor, o homem de boa vontade que confia em Seus desígnios a obter o necessário, e não aquele que se compraz na ociosidade e que gostaria de obter tudo sem esforço, e nem aquele que só procura o supérfluo (veja, nesta obra, cap. 25).

Quantos são os que sucumbem por sua própria culpa, por seu descuido, por sua imprevidência ou sua ambição, por não quererem se contentar com o que Deus lhes deu. Esses são os responsáveis por seu próprio infortúnio e não têm o direito de se queixar, já que são punidos naquilo mesmo em que erraram. Apesar disso, nem a esses Deus abandona, porque é infinitamente misericordioso; Ele estende as mãos em socorro, desde que, como o filho pródigo, retornem sinceramente para Ele (veja, nesta obra, cap. 5:4 e a parábola do filho pródigo cap. 7:10).

Antes de lamentar nossa própria sorte, devemos perguntar se ela não é responsabilidade nossa, se cada infelicidade que nos chega não dependia de nós mesmos tê-la evitado. Deus nos deu a inteligência para que pudéssemos evoluir e abandonar nossa condição inferior; só depende de nós utilizá-la corretamente.

Uma vez que na Terra o homem está submetido à Lei do Trabalho, pedimos a coragem e a força para cumprir essa Lei. Pedimos, também, a prudência, o bom senso e a moderação para não perdermos o fruto desse trabalho.

Dá-nos, Senhor, o nosso pão de cada dia, ou seja, os meios de adquirir, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, pois ninguém tem o direito de reclamar o supérfluo.

Se não conseguirmos trabalho, confiamos em Sua Divina Providência.

Se estiver em Sua vontade provar-nos com as mais duras privações, apesar de nossos esforços, aceitaremos como sendo uma justa expiação pelas faltas cometidas, nesta vida ou em vidas anteriores, pois temos consciência de Sua Justiça. Sabemos, também, que não existem sofrimentos que não sejam merecidos e que nunca há punição sem causa.

Preserva-nos de invejar os que possuem mais do que nós e aqueles que possuem o supérfluo, enquanto nos falta o necessário. Perdoa-os se esquecem a Lei da Caridade e do Amor ao próximo, que o Senhor lhes ensinou (veja, nesta obra, cap. 16:8) 

Afasta de nós o pensamento de negar Sua Justiça ao ver a prosperidade do homem mau e a infelicidade que, às vezes, atinge o homem de bem. Graças aos ensinamentos que nos enviou através da Doutrina Espírita, sabemos agora que a Sua Justiça sempre se cumpre e que não abre exceções a ninguém. Sabemos, também, que a prosperidade material do homem mau é tão passageira quanto a sua própria existência corporal, e que ele terá que passar por dolorosas reencarnações, enquanto que a alegria reservada àqueles que sofrem com resignação será eterna (veja, nesta obra, cap. 5:7, 9,12,18).



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