19 - Prece
Senhor! Recebi a inteligência necessária para distinguir o bem do mal e assim, a partir do momento em que reconheço que alguma coisa é má, sou culpado se não me esforço em resistir à tentação de executá-la.
Preserva-me do orgulho que poderia me impedir de perceber meus defeitos, preserva-me também dos maus Espíritos que poderiam me incentivar a continuar com esses defeitos.
Entre as minhas imperfeições, reconheço que sou particularmente inclinado a..., e se não consigo resistir a esse chamamento, é porque já me acostumei com a ideia de ceder a essa imperfeição.
Não fui criado culpado, pois Deus é justo, e me criou com a mesma disposição para fazer o bem ou o mal. Se escolhi o mau caminho foi pelo mau uso que fiz do meu livre-arbítrio. Assim como tive a liberdade para fazer o mal, tenho também a liberdade para fazer o bem, e por consequência mudar meu caminho.
Meus defeitos atuais são os restos das imperfeições que trouxe das minhas existências anteriores e dos quais posso me libertar pela ação da minha vontade e com a assistência do bons Espíritos.
Bons Espíritos, protejam-me. Meu anjo da guarda, concede-me as forças necessárias para resistir às más sugestões e sair vitorioso dessa luta.
Os defeitos são barreiras que nos separam de Deus, e cada defeito superado é um passo que dou no sentido de me aproximar Dele.
O Senhor, em Sua infinita misericórdia, me concedeu a existência atual para que ela servisse ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudem-me para que eu aproveite bem essa oportunidade, e que ela não se torne perdida para mim. Assim, quando Deus me retirar desta vida, que eu possa retornar melhor do que quando cheguei (veja, nesta obra, cap. 5:5 e cap. 17:3).
O Evangelho Segundo o Espiritismo | Allan Kardec | Por Claudio Damasceno Ferreira Junior | Capítulo 28 | Coletânia de Preces Espíritas | Página 296
